Título original: On the Island
Editora: Intrínseca
Ano: 2013
Tradução: Maria Carmelita Dias
Páginas: 288
Anna Emerson é uma professora de inglês de 30 anos desesperada por aventura. Cansada do inverno rigoroso de Chicago e de seu relacionamento que não evolui, ela agarra a oportunidade de passar o verão em uma ilha tropical dando aulas particulares para um adolescente. T.J. Callahan não quer ir a lugar algum. Aos 16 anos e com um câncer em remissão, tudo o que ele quer é uma vida normal de novo. Mas seus pais insistem em que ele passe o verão nas Maldivas colocando em dia as aulas que perdeu na escola. Anna e T.J. embarcam rumo à casa de veraneio dos Callahan e, enquanto sobrevoam as 1.200 ilhas das Maldivas, o impensável acontece. O avião cai nas águas infestadas de tubarão do arquipélago. Eles conseguem chegar a uma praia, mas logo descobrem que estão presos em uma ilha desabitada. De início, tudo o que importa é sobreviver. Mas, à medida que os dias se tornam semanas, e então meses, Anna começa a se perguntar se seu maior desafio não será ter de conviver com um garoto que aos poucos torna-se homem.
Na Ilha era um livro que eu tinha bastante vontade de ler, pois já tinha visto vários elogios sobre a obra, mas ainda assim conseguiu me surpreender e ser diferente do que eu imaginava. A sinopse já resume bem a história, então recomendo que leiam antes de continuar a leitura dessa resenha (dando um tempinho para vocês lerem, tic tac).
Nesse livro iremos acompanhar a luta de Anna e T.J. Callahan pela sobrevivência depois que o hidroavião em que eles estavam cai em uma das inúmeras ilhas das Maldivas. Quando eu comecei a leitura, eu imaginava algo mais monótono, devido a história se passar em apenas um local e com apenas dois personagens, mas me enganei completamente. Eu consegui sentir as emoções dos personagens, e ainda mais, eu vivi com eles a fome, a sede, os diferentes contratempos que viver em uma ilha inabitada pode oferecer, a tristeza e a saudade. Também compartilhei as pequenas alegrias, como conseguir algo diferente para comer depois de tantos dias comendo a mesma coisa, ou a recuperação de seus pertences.
Os capítulos são curtos e intercalados, narrados pelos dois. A escolha em narrar em primeira pessoa foi providencial para tamanha conexão que eu senti com os personagens. A medida que vemos a luta pela sobrevivência deles na ilha, podemos perceber que os sentimentos de um pelo outro estão começando a mudar, e também podemos conhecer mais sobre o passado deles, como o relacionamento da Anna que não evolui ou o câncer em remissão de T.J..
Gostei muito da forma como o romance foi conduzido. Juro que imaginava ela seduzindo o T.J. e querendo ou não, essa diferença de idade deles a princípio me incomodava. Mas a autora faz tudo parecer tão natural, tão certo e não temos como julgá-los. Afinal, eles passam por cada situação difícil, tendo apenas um ao outro como forma de apoio e segurança. O relacionamento foi bem desenvolvido e me fez torcer por ele, para permanecer firme e não se abalar diante do julgamento das pessoas, caso um dia eles saíssem daquela ilha.
Ambos os personagens são fortes, determinados e nunca desistiram. A esperança de um dia serem resgatados, por mais que as vezes quisesse sumir, sempre permaneceu presente. São personagens guerreiros, e a cada situação que eles passavam, eu tentava me colocar no lugar deles, mas acho que eu não sobreviveria nem ao primeiro dia. A medida que os dias, semanas e meses se passavam, podemos perceber um amadurecimento dos personagens, tanto fisicamente, quanto mentalmente. É muito interessante ver como eles acabam enfrentando todas as adversidades e aos poucos fazem daquela ilha um lugar deles.
Como eu disse ali em cima, a narrativa é feita em primeira pessoa pelos dois personagens, os capítulos são curtos, o que ajuda na maior fluidez na narrativa. Encontrei poucos erros de revisão, mas nada que atrapalhasse na leitura. A diagramação é simples, e por mim, a fonte poderia ser apenas um pouco maior.
Como eu disse ali em cima, a narrativa é feita em primeira pessoa pelos dois personagens, os capítulos são curtos, o que ajuda na maior fluidez na narrativa. Encontrei poucos erros de revisão, mas nada que atrapalhasse na leitura. A diagramação é simples, e por mim, a fonte poderia ser apenas um pouco maior.
Será que eles saem dessa ilha? E caso saíam, eles serão julgados pela sociedade por seu amor, devido a diferença de idade entre eles? Para saber essas respostas, não deixem de ler e mergulhar nessa aventura. Na Ilha é um livro sobre amor, e sobretudo, esperança.
Livro lido para o Desafio I Dare You 2016. Tema de Janeiro (livro de verão)